quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Carga


Mil voltas dadas na cama e o sono sem aparecer. Um rodopio infernal de pensamentos agitavam-lhe a cabeça. Levantou-se, pegou numa lata de tinta e foi para a rua. Alimentado pelo frio, escreveu poemas por toda a cidade enquanto as forças o habitaram. Sucumbiu encostado a um muro. Ao amanhecer, as pessoas a caminho do trabalho, ainda estremunhadas, leram aquelas palavras cravadas nas paredes e o seu fardo tornou-se muito mais leve.
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