terça-feira, 29 de novembro de 2011

Regresso




Sem papéis que provassem a sua existência, a polícia encarcerou-o. Sofreu as mais vis sevícias, humilhações e provações. Refugiou-se num canto escuro e agarrou-se às melhores memórias que tinha armazenado. O sono foi o único que o conseguiu vencer. Acordou com a dureza do cacete do carcereiro que lhe mostrou não estar num hotel. O juiz mandou-o de volta ao país de onde fugiu. Ao pisar de novo o solo materno, o peito rompeu as correntes com o bater do coração.
www.facebook.com/microcontos

Sem comentários:

Enviar um comentário