A seara ondulava, loura e delicada como uma princesa nórdica. Salpicada por sobreiros pachorrentos e sóbrios, a paisagem envolvia os dois corpos unidos. O pôr-do-sol tingiu de âmbar aquele quadro e a lua cheia deu os últimos retoques. Um tiro rebentou o silêncio da planície. As aves esvoaçaram aturdidas pelo estrondo e o sangue escorreu pelos campos. Os dois amantes jazeram no chão e foram beijados pelo orvalho até que o sol e os guardas chegaram.
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